Cena do filme

Cena do filme

Essa era a frase extremamente preconceituosa do personagem do Zorra Total, interpretado por Jorge Dória, ao ver as atitudes um tanto quanto efeminadas de seu filho (Lúcio Mauro Filho), que o chamava de ‘Papi’.

Na verdade, muitos pais têm o temor de que seus filhos sejam gays e por isso tentam evitar a todo custo essa possibilidade, incentivando-os a só ter práticas tipicamente masculinas.

Imagine então como um pai reagiria, se de repente o maior sonho de seu filho fosse ser um grande bailarino. Essa é a história do filmeBilly Elliot” e você pode conhecê-la melhor amanhã, dia 10 às 15h30 na Biblioteca Viriato Corrêa.

Endereço: Rua Sena Madureira, 298 – Vila Mariana
Sala Luiz Sérgio Person
(11) 5573-4017
(11) 5574-0389

Cena do documentário Meninas

Cena do documentário "Meninas"

Aos 10 anos! Essa resposta ainda causa impacto, porém cada vez mais cresce o número de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que já se iniciaram sexualmente ou tem vida sexual ativa.

E a conseqüência disso pode resultar em uma gravidez precoce. Se você se interessa por esse tema, o Tudo Por Nada tem duas belas dicas de filmes: “Meninasamanhã, dia 10 às 15h30 e “4 Meses, 3 Semanas e 2 diassábado, dia 11 às 16hs.

Local: Biblioteca Roberto Santos
Endereço: Rua Cisplatina, 505 – Ipiranga
(11) 2273-2390
(11) 2063-0901

Pequeno George acha que é uma garota

Pequeno George acha que é uma garota

Segundo Michel Foucault, em seu livro A Ordem do Discurso, há dois grandes tabus na nossa sociedade, temas dos quais é “proibido” falar: política e sexo. De fato, são assuntos complicados para se debater; quase sempre terminam em discussões nervosas e até mesmo em briga.

No entanto, é importante que as pessoas sejam esclarecidas tanto politicamente quanto sexualmente. Apesar de serem temas delicados, eles nos acompanharão por toda a nossa vida.

É para falar de um desses temas “proibidos” que se destina esse post. No próximo dia 11, às 15:00, acontecerá na Biblioteca Viriato Corrêa uma Roda de Conversa Sobre Sexualidade, palestra para jovens, pais e educadores, ministrada por psicólogos e palestrantes da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual, da Secretaria Municipal de Participação e Parceria.

A conversa se dará após a exibição do filme Minha Vida Em Cor de Rosa, produção belga sobre um garoto que pensa ser uma menina. Sua família não sabe como agir e teme pela reação preconceituosa dos vizinhos.

SERVIÇO:

Roda de Conversa Sobre Sexualidade
Onde: R. Sena Madureira, 298, Vila Mariana, tel: 5573-4017 / 5547-0389
Quando: Dia 11/11, às 15:00 (início do filme).

Pense numa mulher jovem, bonita, segura, confiante, poderosa, charmosa, independente e que cause inveja em todas as outras. Pensou? Então a imagem que veio a sua cabeça só pode ter sido a da boneca Barbie. Sim, a própria. Símbolo de uma geração e mito feminino, Barbie continua marcando época nas vidas de milhões de garotinhas ao redor do mundo – e, bom, por que não?, de alguns garotinhos.

Frequentemente, nós vemos alguns comerciais lançando mais um modelo da boneca, que, numa demonstração de total onipotência, consegue desempenhar todo tipo de profissão: Barbie Veterinária, Barbie Enfermeira, Barbie Rock Star e por aí vai. Mas o que acontece quando uma figura exemplar como a doce e, bom, por que não?, gostosa Barbie é desmistificada por meio da arte? Que tal ganhar como presente uma versão não muito ortodoxa da diva lúdica: a Barbie Stripper? Ou então, a Barbie “Sapatão”? Não são presentes que sua mãe lhe daria, com certeza. Talvez seu pai; se você for um menino.

Go, go! - O Natal está chegando, que tal rever seus conceitos?

Go, go! - O Natal está chegando, que tal rever seus conceitos?

Mas, enfim, é justamente com o objetivo de tocar nas feridas da questão feminina que a artista plástica Patrícia Kaufmann realiza a exposição Máscaras do Mito, em exibição na Mônica Filgueiras Galeria de Arte até o dia 16 de outubro.

São 30 obras nos mais variados suportes (pinturas em acrílico, desenhos em papel e artesanato). Mais do que trabalhar com o humor, Patrícia é crítica em seu trabalho: temas como a erotização infantil, a submissão feminina e a busca ilógica por um padrão único de beleza não escapam de seu olhar.

Tomo por minhas palavras o que disse Katia Canton, professora da ECA-USP (Escola de Comunicação de Artes da Universidade de São Paulo), numa crítica sobre a mostra: “Pois se o modelo de beleza feminina é uma boneca, cujas proporções são impossíveis de serem reproduzidas em mulheres reais, estamos todas projetando no espelho a imagem idealizada de um ser plástico, vendido juntamente com outros valores acoplados em seus acessórios e modelos: a roupa de grife que ela usa, a Ferrari que ela conduz, o sapato de salto altíssimo, o penteado blonde alisado e brilhante, o iPod da moda”.

Barbie e sua "amiguinha"

Barbie e sua "amiguinha"

Na peça Playboy, o visitante poderá conferir a Barbie como capa da mais famosa revista masculina do mundo. Já na contra-capa, uma Barbie usuária de drogas. Um sucesso de vendas? Em alguns desenhos da artista, a boneca é retratada com tendências homossexuais, afinal, Barbie também é mente-aberta. Por fim, numa outra instalação, intitulada Go, go!, Barbie mostra toda sua flexibilidade numa demonstração de pole-dance. Nem Alzira conseguira fazer igual!

De fato, Máscaras do Mito tem um ar de fascinação. Retrata a queridinha das menininhas e dos mulherões nos mais diversos momentos, menos nos mais imagináveis.

SERVIÇO:

Máscaras do Mito
Onde: R. Bela Cintra, 1533, Jardins, tel: 3082-5292.
Quando: De segunda a sexta, das 10:00 às 19:30. Sábados, das 10:30 às 15:00.

“O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno”

(Autor desconhecido)

Ah, o amor… sempre ele. Aparece nas nossas vidas quando a gente menos espera e, então, custa a sair. Mas quando sai, jamais é para sempre. Ainda bem.

O amor, talvez, seja a maior inspiração dos artistas. E é justamente dessa fonte que bebem as obras da mostra Colección Visible – Histórias de Amor. Em 2004, na Espanha, enquanto o governo local debatia a liberação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o artista plástico Pablo Periado reuniu 170 trabalhos vindos de 25 países que defendiam a liberação.

Obra de Esther Rivuelta - Si, Quiero, de 2005

Gravura de Esther Rivuelta - Sí, Quiero, de 2005

Em 2008, no Brasil, algumas dessas obras – entre pinturas, fotografias, quadrinhos, colagens e gravuras – foram escolhidas para exibição no Museu de Arte Contemporânea da USP, o MAC. “São 90 obras que refletem a característica da coleção: tratar exclusivamente do desejo e da sexualidade humana em sua face mais abafada, a do amor entre iguais”, como bem aponta a organização do evento.

Para Pablo Peinado, curador da mostra, “a Colección Visible é um antídoto cultural contra a homofobia, a lesbofobia e a transfobia. É arte cúmplice de uma causa justa. A causa da liberdade e da democracia. A causa de todos os seres humanos de terem, no amor e em tudo o mais, os mesmos direitos”.

Ocorre, também no MAC, a exposição “Entre Amigos & Amores”, que convida o visitante a olhar para 100 imagens do fotógrafo Pedro Stephan – especializado na temática homossexual -, tiradas em diferentes locais da cena LGBT fluminense.

As duas montagens são parte da programação do 4º Congresso da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (que aconteceu entre os dias nove e doze de setembro) e do 1º Encontro Hispano-Brasileiro de Militantes Homossexuais, que acontece, também no MAC, até o dia nove de outubro.

As exposições têm temática adulta, por isso, são recomendadas para maiores de 18 anos.

SERVIÇO:

Colección Visible – Histórias de Amor
Onde: Parque do Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Pavilhão da Bienal, 3º andar, tel: 5573-9932.
Quando: De terça a domingo, das 10:00 às 18:00. Até 19/10.